A dimensão do seu território seria o equivalente a 6
vezes a ilha de Malta, tendo em conta, que a área de vinha plantada em Portugal
no ano de 2016, correspondia a 193 mil hectares. No entanto, as perspectivas
indicam que a área de vinha plantada vai aumentar, devido à carência de
produção em algumas regiões e ao potencial de crescimento do sector, deste
modo, a área de vinha pode atingir a dimensão do Luxemburgo.
A sua divisão administrativa seria complexa, rica e fruto
da sua diversidade de microclimas, solos, histórias e tradições na produção de
vinho, tendo cada uma o seu perfil próprio. As regiões a existir seriam 14,
sendo elas, Vinho Verde, Trás-os-Montes, Porto e Douro, Távora-Varosa,
Bairrada, Dão e Lafões, Beira Interior, Lisboa, Tejo, Península de Setúbal,
Alentejo, Algarve, Açores e Madeira, onde a maior região seria o Porto e Douro,
seguida do Alentejo. De referir que a Região Demarcada do Douro é a mais antiga
no Mundo.
A capital do país seria a cidade do Porto, pela sua importância
e longa história na comercialização do Vinho do Porto, que tanto potencializou
os vinhos portugueses além fronteiras, quebrando o desconhecido, dando notoriedade
aos vinhos e por se tratar de uma região
pioneira na inovação, com grande capacidade de acrescentar valor ao sector.
Partindo para uma caracterização económica, a soma do seu
valor seria superior a 1.6 mil milhões
de euros, onde o foco é crescer e afirmar-se nos mercados externos. Em 2017 as
exportações atingiram os 777 milhões de euros, o que representa 49% do volume
de vendas totais, permitindo beneficiar de uma balança comercial positiva,
registando um saldo superavit de 644 milhões de euros. No vasto leque de
clientes, como Top 5, podemos encontrar o mercado francês, britânico, americano,
alemão e países baixos, mas outros mercados internacionais revelam grandes
oportunidades de crescimento, como o brasileiro, canadiano e chinês. No
entanto, o consumo interno pronuncia uma longa tradição da sociedade em consumir
vinho no dia a dia, faz com que o mesmo, represente um valor simbólico de 745
milhões de euros, onde a distribuição represente 52 % e a restauração 48 % do
consumo.
Mas o potencial económico não se traduz somente em vendas
de vinho, o enoturismo abriu uma janela de oportunidades, que potencializou a
visibilidade e a atractividade do território, tornando a descoberta do sector
do vinho, numa das principais razões a visitar, representando 10 % do volume de
turistas em Portugal, são cada vez mais os turistas, que procuram degustar
vinhos, conhecer as tradições, conhecer as vinhas e participar na vindima.
O dinamismo e potencial de crescimento
do sector do vinho, reflete-se no crescimento de sectores complementares, tais
como, a industria vidreira, a industria da cortiça, a industria gráfica, os
serviços, o sector de transporte e logística, e a agro-indústria. Favorecendo o
investimento e a criação de emprego em cada sector, desempenhando em simultâneo
um papel crucial na criação de emprego e riqueza no interior do território,
contribuindo de forma positiva para a fixação de população no interior.
Se a vinha fosse um país, seria uma
economia em franca expansão, virado para o mercado externo, procurado por
muitos turistas e com muitas cartadas ainda por jogar.
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