Tive conhecimento neste vinho numa prova e tive
a oportunidade de o voltar a beber na minha visita às instalações da Adega de
Borba. Foi um vinho que deslumbrou nas duas vezes que nos cruzamos. Começando
pela sua cor granada, passando pelo seu aroma, atractivo a frutos vermelhos
maduros, algumas notas de tosta e finalizando com um sabor equilibrado
entre acidez e adstringência, encorpado, com um final longo de boca e com algum cacau
adocicado. Recomendo vivamente a prova deste vinho, no entanto, este vinho é exclusivo
para o canal Horeca, mas para todos os visitantes da cidade de Borba, não
percam a oportunidade de passar pela loja da adega, onde o podem adquiri por
14.50 €
A talha é um pote de barro, com uma estrutura porosa pelo que se impõe a necessidade de impermeabilização do seu interior. A sua impermeabilização é uma técnica ancestral, e que ainda hoje resiste, passa por untar o interior da talha com resina de pinheiro, denominada de pez louro, à qual se pode adicionar alguns outros produtos naturais (mel, azeite, ..) conforme a receita do pesgador, profissão hoje praticamente extinta. A pesgagem para além da impermeabilização, permite uma conservação apropriada para o vinho e uma cozedura do vinho, que se podem traduzir num vinho de elevada qualidade. A pesgagem das talhas, ou seja, o revestir o seu interior com pez louro, é sempre uma operação que implica o trabalho de várias pessoas e dura uma grande parte do dia, pelo que, sendo muito rara nos dias que correm, é vista como um acontecimento a merecer celebração. Aproveito para deixar um pequeno video do Esporão, onde é possível visualizar um pouco do processo: https://ww...
Comentários
Enviar um comentário