Natural do Poceirão, oriundo de famílias de vinhos, toda a minha vida
sempre se passou neste meio
Com a Bacharel em Engenharia Agrícola em Santarém, Licenciatura em Engenharia Agrícola pela Universidade de
Évora e Pós-graduação em Marketing de vinho pela Universidade Católica
do Porto, todos os meus estudos foram sempre dento do sector.
Iniciei
a minha carreira em Pegões em 1994 como assistente de enologia do consultor
João Portugal Ramos, passando
a enólogo principal em 1999, Enólogo da Casa Ermelinda Freitas desde 1998 e de
mais de uma dezena de casas em Portugal desde o Alentejo passando por Lisboa
até ao Tejo.
Perito de enologia em Bruxelas de Portugal pela Confagri desde 2005, e
júri de muitos concursos de vinhos nacionais e internacionais.
Comendador da Ordem de Mérito empresarial, classe mérito Agrícola desde
19 de Dezembro de 2015, pelo trabalho feito no sector.
Enólogo responsável por mais de 2000 prémios nacionais e internacionais
incluído diversos troféus dos melhores de Portugal como os melhores do concurso.
1 - Qual a sua paixão/encanto no mundo dos
vinhos?
Vem de família, meus avós tinham adega e faziam/trabalhavam nos vinhos,
o meu pai também e eu cresci nesse meio, desde minino que aí vivo, foi o que
sempre mais gostei e felizmente trabalho no que mais gosto.
2 – Na sua opinião o que diferencia os vinhos
da Península de Setúbal, das restantes regiões?
Um conjunto de fatores que se chama “terrior”, ou seja, condições se
solo e clima diferenciados que moldam os vinhos que aqui fazemos.
Assim repare, os vinhos de
Setúbal são do Sul (nos estamos a sul do pais), que é quente e tem Sol, mas ao
mesmo tempo as vinhas estão relativamente próximos do mar e estão plantadas em
solos arenosos ricos em agua, quer isto dizer, que são vinhos MADUROS (têm Sol)
mas divido a sua relativa proximidade do mar (que reduz os estremos de temperatura)
e a riqueza em agua que (permite uma maturação regular sem desidratações) eles apresenta alguma frescura natural que os
diferencia, pode-se dizer de uma certa forma que apresentam o melhor dos dois
mundos a plena maturação e a frescura.
3 - Qual a estratégia da Adega Cooperativa de
Pegões para afirmação e crescimento nos mercados externos?
É a mesma do mercado interno, e é a que sempre melhor resulta para tudo,
“oferecer os melhores vinhos aos melhores preços”, passar a mais valia para a
consumidor, o consumidor é quem manda, nós temos sempre de lhe oferecemos um
excelente vinho a um excelente preço, se não o fizermos alguém o fará e assim
perderemos o mercado.
4 – Quais são os principais dificuldades que
encontra crescimento/afirmação nos mercados externos?
A principal é o nossa dimensão e imagem.
Na
dimensão não se pode fazer muito pois o pais é pequeno, mas tem se verificado
um aumento de dimensão dos grandes produtores o que aumenta sempre a competitividade
dos nosso vinhos e aumente vendas.
Na
Imagem ,nós não temos nome nem imagem de “produtores de vinho” e principalmente
quando entramos em vinho “caros” ai estamos completamente fora, temos o vinho
do “Porto” mas muito pouco ligado a
Portugal , e pouco mais , temos muito que fazer , mas diga-se que nos últimos 20 anos muito tem
sido feito, o problema foi antes , andamos muito tempo parados enquanto os
outros se movimentavam, e agora temos de ir atrás, mas repito que isso está a
ser feito.
Termino deixando um forte agradecimento ao Eng. Jaime Quendera, pela sua hospitalidade e disponibilidade em participar nesta iniciativa.
Termino deixando um forte agradecimento ao Eng. Jaime Quendera, pela sua hospitalidade e disponibilidade em participar nesta iniciativa.
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